Psicogenealogia
Desde 1980 a psicóloga francesa Anne Ancelin Schutzenberger estudou a Psicogenealogia ou Psicologia transgeracional.
A psicogenealogia afirma que não há escapatória para fazer as perguntas necessárias sobre identidade e encontrar respostas para questões familiares questionáveis. A psicogenealogia visa fornecer ferramentas para que os eventos traumáticos não vinguem duzentos anos depois com aqueles que são portadores de um duelo não realizado.
As pessoas têm traços dos pais: os olhos do pai e o sorriso da mãe, e também aqueles invisíveis que marcam uma herança psicológica. Quando o susto paralisa e apaga a linguagem, a palavra é enterrada. A psicogenealogia nos ajuda a ver as marcas menos óbvias, porque elas não são nossas, nós as trazemos do passado.
Françoise Dolto – a fundadora da psicanálise com crianças na França – ensinou que desde a infância é preciso a verdade para viver. As perturbações são arrastadas de longe (da concepção ou até mais atrás: memórias dos ancestrais). O contrato entre o novo integrante de uma família que chega ao mundo e seus antecessores traz uma assinatura efetiva e uma enorme inconsciente carga. Se esses pactos, segredos não se revisam a tempo, se traduzirão em doenças, traumas, insatisfações ou medo.
O trabalho da psicogenealogia tem uma atenção inquisitiva em frases e datas, acontecimentos que são muito parecidos ao longo do tempo, repetições e eventos traumáticos como suicídios, vícios, exílios, abortos.
O atendimento baseia-se em uma sessão no qual a pessoa fala de si mesma, desenhando sua árvore genealógica (genossociograma) com os acontecimentos importantes dos membros da família (casamentos, nascimentos, divórcios, abusos, abortos, segredos e vergonhas).
Quando o trauma ou segredo é revisto ou se permite falar, permite sair da sua cripta e com isso já é o primeiro passo para melhora.